ESTÓRIAS E IMAGENS DO 25 DE ABRIL - JOSÉ DIAS E ALEXANDRE RAMIRES NO AEMC
O cidadão José Dias esteve no dia 3 de
junho na EB 2.3 C/ Sec. José Falcão (Miranda do Corvo), tendo dado o seu
testemunho a alunos do 3º CEB e ensino secundário sobre a sua
experiência como opositor ao regime ditatorial antes do 25 de Abril. O
dinamizador falou dos cinco pilares em que assentava o regime: partido
único, censura, polícia política, religião única e guerra colonial.
Mostrou como se foi construindo um outro Portugal, paralelamente ao
Portugal
da ditadura, com pessoas resilientes, corajosas e interventivas, que
fundaram partidos políticos na clandestinidade, que divulgaram os ideais
democráticos, que foram presas e torturadas e/ou exiladas, que
arriscaram as suas vidas escamoteando a censura e a polícia política e
que criaram as condições para a Revolução dos Cravos. José Dias refletiu
sobre a maneira como os pilares da religião única e da guerra colonial
começaram a ruir e aceleraram a revolução. Com efeito, o Concílio do
Vaticano II deu uma nova visão da religião e permitiu aos católicos
progressistas intervirem ativamente na construção de um novo Portugal.
Também muitos oficiais milicianos eram estudantes recrutados, muitos
deles universitários, facto que ajudou à concretização da Revolução,
pois aqueles foram grandes apoiantes dos capitães de Abril.
José Dias terminou as duas intervenções
apelando à mobilização dos jovens, no sentido de prepararem um futuro
que é incerto e que acarreta graves perigos, os quais devem ser
enfrentados com determinação, conhecimento e sensatez.
Também o Dr. Alexandre Ramires se deslocou, no dia 6 de junho, à EBI/JI Ferrer Correia (Senhor da Serra), tendo dinamizado duas sessões para alunos do 3º CEB e do ensino secundário.
Alexandre Ramires provocou-nos o olhar, fixou-nos imagens, desfiou estórias a partir do rosto de pessoas anónimas, de pessoas de hoje, do presente, atores com responsabilidades sociais e politicas. A partir dos sais de prata que imobilizam o tempo desmontou os momentos retidos de uma manifestação de um facto banal para nos levar a compreender pedaços da história que não conhecíamos, desvendando o passado ainda tão presente, fixando e reconstruindo memórias fotográficas. Apesar de uma imagem, uma fotografia poder valer por mil palavras, segundo o investigador, ela terá que ser sempre questionada, interrogada, cruzada com outras fontes para que esteja apta a falar sobre o que tem para dizer.
Autor de várias obras, o professor e investigador Alexandre Ramires recuou anos, séculos, na linha do tempo para nos desvendar os caminhos que os historiadores de imagem percorrem até chegar aos retratos de José Falcão e António José de Almeida, entre ouros republicanos, que construíram a nossa identidade.
A organização destas atividades esteve a cargo das bibliotecas do Agrupamento, em articulação com o Grupo Disciplinar de História.
Também o Dr. Alexandre Ramires se deslocou, no dia 6 de junho, à EBI/JI Ferrer Correia (Senhor da Serra), tendo dinamizado duas sessões para alunos do 3º CEB e do ensino secundário.
Alexandre Ramires provocou-nos o olhar, fixou-nos imagens, desfiou estórias a partir do rosto de pessoas anónimas, de pessoas de hoje, do presente, atores com responsabilidades sociais e politicas. A partir dos sais de prata que imobilizam o tempo desmontou os momentos retidos de uma manifestação de um facto banal para nos levar a compreender pedaços da história que não conhecíamos, desvendando o passado ainda tão presente, fixando e reconstruindo memórias fotográficas. Apesar de uma imagem, uma fotografia poder valer por mil palavras, segundo o investigador, ela terá que ser sempre questionada, interrogada, cruzada com outras fontes para que esteja apta a falar sobre o que tem para dizer.
Autor de várias obras, o professor e investigador Alexandre Ramires recuou anos, séculos, na linha do tempo para nos desvendar os caminhos que os historiadores de imagem percorrem até chegar aos retratos de José Falcão e António José de Almeida, entre ouros republicanos, que construíram a nossa identidade.
A organização destas atividades esteve a cargo das bibliotecas do Agrupamento, em articulação com o Grupo Disciplinar de História.